quinta-feira, 23 de outubro de 1997

ao devaneio




Tornas frágil a queda que me sustenta,
quedeterna, 
de pré-suplício,
lenta.

Oh, um resquício de lua no fim do túnel
um resquício de mim...

Manicômio!

Comitrágico, bebo, do vinho,
o reflexo que detesto
em pura frieza
chorando minha natureza,
escravizada em pesadelos.

Elo.

Erros?

Não sou eu mais o errante,
agora longínquo de tudo e de todos
sendo lá, ou cá, 
o que for.

Não, eu não quis rimar com distante.

Todavia,
prometo conceder-me
o favor.

(Apenas quero dizer 
que só entendo
quem acho estranho.
E estranho
quem não entendo.

Eis a loucura
me enlouquecendo.)


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