sexta-feira, 26 de junho de 1998

sideral




A tua ausência
me atirou na solidão
de um imenso
buraco negro.

E, nele,
permaneço.

Não importa
para onde o tempo
queira me levar
:
não poderei tê-la,
pois ainda caminho
entre os mortais.

É certo que, apesar da poeira,
ainda vejo teu brilho.

Mas é só o teu brilho.

Pois você,
minha estrela,
já há um ano,
sem luz,

não existe mais.