sexta-feira, 20 de abril de 2001
as veias abertas de uma esquina lá da vila
segundo terceiros
o caminho
é por ali, galera sempre em frente
e eu disse
peraí, gente!
mas não me escutaram
e já era:
abandonaram seus quartos e,
só, sós, lá nos quintos
pararam
rua xv
os rostos passam
: cada um, um segundo
de minha vida
mundos que perco
no aperto dos passos
no grito das vitrines
até que então
ela escorrega
:
olhares se cruzam,
mas não os caminhos
aqui já é regra
trocar o incerto
pelo certo
sozinho
quarta-feira, 18 de abril de 2001
amorfanato
ninguém perdoa
meus sonhos
mas perdoam
sangue
dólares
mentira
!
quadrado mundo
que, moribundo
gira
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