quinta-feira, 31 de janeiro de 2002

o rimar é com é




Então, garoto, me diga,
o que faremos
quando tudo for poesia?

Cantaremos,
brindaremos até no recreio,
e, depois de ralarmos os joelhos
em brincadeiras de correr,
choraremos um pouco.

Será que alguém
ainda vai ter chulé?

Não importa
o quanto pareça louco,
prefiro o caminho do meio
: sempre em frente
enquanto estrada é.

Mas, me diga,
o que faremos
quando tudo for poesia?

De repente já é.

(Faz de conta
que não me via.)



segunda-feira, 21 de janeiro de 2002

lovescienceofsilence




Intrépidos,
teclam teu número.

E um alô,
histérico,
mitifica
meu estúpido
silêncio.

O eu não venço,
desligo na cara.

Termino pelo começo
sem saber o preço
do que nada custara.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2002

vesper

 
 
 
munida de amortifícios
a safadeusa
veio a mim

&

perdida a incerteza
o princípio foi, mesmo
um fim




segunda-feira, 14 de janeiro de 2002