Que
os deuses tenham pena,
ao
menos uma vez,
ou
meia,
mas
que a tenham.
Que
a vida seja longa.
A
morte, breve.
Que
o sonho seja grande.
O
susto, leve.
Que
a sorte seja sua.
(Mas
não esqueça de ninguém,
principalmente,
dos
que não a têm.)
Que
eu pare de escrever a esmo,
só
por ter um teclado à disposição,
sem
disposição
para
ser mais franco,
e
preencha este agonizante branco
com
coisas menos coisas,
um
tanto reais.
Ser
obrigado a estar à toa,
enquanto
o tempo voa,
pros
deuses até que é uma boa.
Pra
mim,
já
é demais.
Nada
na tevê,
nada
em você.
Quanta
rima não ficou pra trás?
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