segunda-feira, 31 de dezembro de 2001

de plantão no ano novo




Que os deuses tenham pena,
ao menos uma vez,
ou meia,
mas que a tenham.

Que a vida seja longa.
A morte, breve.

Que o sonho seja grande.
O susto, leve.

Que a sorte seja sua.
(Mas não esqueça de ninguém,
principalmente,
dos que não a têm.)

Que eu pare de escrever a esmo,
só por ter um teclado à disposição,
sem disposição
para ser mais franco,
e preencha este agonizante branco
com coisas menos coisas,
um tanto reais.

Ser obrigado a estar à toa,
enquanto o tempo voa,
pros deuses até que é uma boa.

Pra mim,
já é demais.

Nada na tevê,
nada em você.

Quanta rima não ficou pra trás?




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