terça-feira, 20 de março de 2001

insônias arrastam o fígado




no corpo da taça
todo o dia
e tudo que virou verdade
distorcidos em aplausos

(ou seria um vendedor
plantado no portão?)

NÃO
são sete horas da manhã, cara
e estou de cara
na farra d'outro vazio
às cadeiras desocupadas
douto
contemplando a dança das cortinas

meu vigésimo quarto outono
e nada de sono
nada de sonho
nada.

(- Querida noite,
muito obrigado
pelo açoite.)


Nenhum comentário:

Postar um comentário